Gripe espanhola, Ebola, AIDS e guerras dizimaram milhões de pessoas mundo a fora. A corrupção é muito mais devastadora. Em terras tupiniquins é um mal contagioso e está no DNA do povo.
Munida de boa vontade ímpar, depois de engolir a vontade tamanha de estrangular minha filha adolescente, estudei geografia para cooperar com a
pequena meliante a recuperar a matéria.
O ser estava focado em outro departamento, ligado ao entretenimento, baladas, namorados, viagens e afins.
A doença crônica que assola o Brasil se instalou na colonização. Índios recebendo
espelhinhos em troca de terra, a rainha portuguesa Maria I
assinando o primeiro alvará proibindo teares no país, o primeiro de infinitos decretos, leis, taxas impostos infinitamente em defesa de interesses escusos. Atribuem a culpa ao capitalismo. Ora, roubar não tem
nada a ver com capitalismo, socialismo, comunismo e nenhum ”ismo”. É genuína safadeza.
Há 20 anos tiramos um presidente do poder sem golpe, sem armas, sem guerra. Agora o mensalão é esfregado na nossa cara e só reclamamos em mesas de bar, no cantinho do café e nas redes sociais. Por que a apatia? Pausa para recordação. Não existia celular, muito menos redes sociais. Hoje a informação é commodite. O
que falta então? Mexer naquilo que mais dói, no bolso.
Nos anos 90, milhões de cidadãos brasileiros foram às
ruas com suas caras pintadas. Idealismo? Por
anos a fio acreditei que sim. Que nada.O plano Collor, aquele
da mulher que dançava tango, mexeu com o dinheiro de cada um, pobre, rico ou
mais ou menos. Dormimos ricos e acordamos pobres. Muitos enfartaram. Um ano
depois vem à tona o escândalo da Casa da Dinda. Levantaram a bola para o povo
cortar. Estávamos com um osso de frango atravessado na garganta. O povo protestou e ninguém morreu, exceto o PC Farias e sua namorada que combinaram um suicídio
duplo. Este mesmo povo reelegeu Collor como senador no nordeste. Sem comentários.
Diferença entre aquele escândalo e de agora?
A soma dos valores desviados. As moscas continuam as mesmas.
O julgamento do século está rolando e muita gente não
sabe do que se trata, mas a trama da novela das
oito está na ponta da língua. A alienação vai desde analfabetos, profissionais com mestrado até vestibulandos que por obrigação deveriam saber sobre o que pode "cair no
vestibular".
Participei do manifesto contra a corrupção na Paulista. Não
passávamos de 2000 pessoas. Na passeata gay, nada contra a escolha sexual, participam milhões de pessoas, na mesma avenida.
Um dos juízes da trama hedionda tem sido tratado como
herói. O que ele tem de especial? Nada, simplesmente vem cumprindo seu
papel com lisura e é juíz do Supremo Tribunal
justamente para isso. Vivemos há séculos impregnados por uma total distorção de
valores. Não ficarei surpresa se o deputado Roberto Jefferson venha a ser declarado como mártir.Temo que Tiradentes possa ter sido
personagem de um conto de fadas.
Será preciso meterem a mão descaradamente de novo no nosso dinheiro para rolar um panelaço ou
continuaremos bufando virtualmente? Uma saída é reclamar para o Bispo ou votar certo.
Como bispo honesto é mercadoria em falta no mercado, é melhor pensar bem em quem votar.
Enquanto isso, vamos trabalhar porque temos contas para pagar.
Dica para escolher o menos pior, entre no site www.politicos.org.br
Como bispo honesto é mercadoria em falta no mercado, é melhor pensar bem em quem votar.
Enquanto isso, vamos trabalhar porque temos contas para pagar.
Dica para escolher o menos pior, entre no site www.politicos.org.br
Bispo de qual "igreja"?
ResponderExcluirVixi, é pior do que escolher em quem votar. O nível baixo de decência é mais baixo ainda, se é que é possivel.
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