Nunca tive medo de envelhecer, acho pouco provável que aconteça comigo. Nenhuma encanação com rugas ou marcas de expressão, já as tenho e convivo bem com cada uma delas. Gosto de me cuidar. Ser escrava da vaidade, jamais.
Tenho sede mesmo é de viver. Sorrir com os olhos, sempre. De tempos em tempos, a vida nos prega de surpresa numa esquina e quando se menos espera, vivendo na velha e boa zona de conforto não tem outra escapatória, é preciso mudar. É uma epopeia, temos pavor de mudança. Lidar com o desconhecido é uma aventura que não temos preparo para vivenciar. Mas esta aí o grande lance. O pulo do gato.Ao entrar nos quarenta vivo exatamente esta temida fase. MUDANÇA. De visão, paradigma, ideias pré-concebidas, verdades absolutas e, por que não, também de opiniões. Não é feio mudar, perigoso mesmo é permanecer sempre a mesma a ponto dos meus olhos não sorrirem mais. Por enquanto, minhas pupilas estão sob lentes escuras.
Nesta fase de balanço, morte de crenças e renascimento subi o primeiro degrau rumo à transformação. Fiz uma tatuagem. Há muito tempo não sentia o que era transgredir uma regra, imposta por mim mesma. Me senti uma adolescente. Foi tão bom, doloroso e incrivelmente fascinante. Por que? Porque mudei de ideia. Além da tatoo ter ficado linda e chiquérrima, eu mudei de ideia. Isso não tem preço, nem Mastercard paga.
Continuo na minha jornada em busca do novo que me faça sentir sensações e emoções diferentes, muitas doídas. O alvo é realizar coisas que façam a diferença para melhor na minha vida e na de quem eu cruzar.
Marot Gandolfi
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