sexta-feira, 15 de abril de 2011

Refratários à mudança

Todo mundo tem dificuldade em lidar com mudanças. Fim do casamento, perda do emprego, alterações no corpo, sempre para maiores proporções, novas tecnologias. Realmente exige um esforço hercúleo adaptar-se ao novo. Os hábitos estão arraigados até o último fio de cabelo, em nossa mente e alma. Isso é muito mais grave nos mais velhos, nem tão velhos assim.
Tenho alguns amigos que se encontram nesta categoria. São pais modernos, correm que nem perus em véspera de Natal, acompanham seus filhos nos shows e baladas, são excelentes profissionais, mas se recusam a aprender o básico sobre novas tecnologias. Não me refiro a entender de hardware, software e demais wares. Simplesmente a abrir uma conta no Facebook, Twitter, baixar músicas que embalaram sua juventude, acompanhar blogs.
Estes matusaléns do século XXI não aceitam conviver com estas inovações. Leem jornais todos os dias, na versão impressa, é claro. Desconhecem a existência de Portais de notícias. De certa forma até entendo, eu adoro ler um livro e segurá-lo com minhas próprias mãos, virar a página, sentir o cheiro das folhas. Que o Ipad e outros tablets salvam a nossa pátria é inquestionável, mas tem coisas que tecnologia nenhuma substitui.
Este indivíduos já usam celulares, sinal da evolução. Alguns até abrem e-mails, poucos, o que é uma minúscula luz no final do túnel.
Conversei com um grande e insano amigo hoje, também jornalista, sobre as crônicas que venho escrevendo. Como o considero um profissional extremamente capaz, pedi para ele ler algumas e me dar sua opinião. Expliquei passo a passo como ele deveria acessar o blog e postar um comentário.
Foi uma epopeia. O demente não conseguia escrever nadinha. Levou tanto tempo que chegou a suar em bicas. Depois de muito fuçar e atirar o computador pela janela no melhor estilo Alexandre Nardoni de ser, me ligou irado dizendo que nunca mais postaria coisa alguma. Se eu fizesse questão da sua opinião que eu mandasse todas as crônicas, TODAS, em word por e-mail. Ele até que é mais moderninho. Para outra amiga tenho que imprimir e deixar na portaria do seu prédio. Quantos anos estas criaturas têm? Ele, 49. Ela 46. Dá para acreditar? Não tem mais salvação.
Isso não é ser reticente à mudança. É pura birra.

Marot Gandolfi

6 comentários:

  1. segunda-feira te mando um pombo-correio com meus comentários.

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  2. tia rosário...larga de ser intrometida , mandei pra minha amiga o alexandre nardoni , e voce ja adquiriu ele como caracteristica ao meu antiquado pai ?

    ps : era para ser um código pra eu poder falar dele , DUR

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  3. Rô, sei q não era comigo pq não sou jornalista, mas me senti provocado pq outro dia te disse (pelo menos foi via Skype) q eu não conseguia postar um comentário.
    Agora, imprimir e deixar na portaria do prédio é fora de série...
    bj
    Cássio

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  4. Cassio, adivinha para quem eu tenho que imprimir???? Para a Jurassica da Cassia...vc faz parte do pool do meu amigo jornalista que postou o comentario acima. bjs

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  5. Paschoal,
    Acho que seu pombo se perdeu no caminho nao chegou até agora...ou a pedra na qual vc esculpiu seu comentário foi extraviada...bjs

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  6. Beatriz (filha de peixe, peixinha é),
    DUR para você tambem! É que o seu comentário sobre o casal Nardoni foi impagável! Nao podia perder...bjs

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