sexta-feira, 11 de março de 2011

Sonho masculino

Qual o ser másculo, nem sempre com H maiúsculo, não protesta em alto e bom som que todas as mulheres falam pelos cotovelos? Para estes machos, as donzelas matracam incessantemente sobre tudo e todos. Mais da metade não serve para nada. Entra por um ouvido, nem passa pelo cerebelo, sai pelo outro e cai na lata do lixo, não reciclável. Para elas tudo gera assunto. Se fez é porque fez. Se não fez é porque não fez. Se pensou em fazer é porque pensou e não fez. São as melhores representantes de uma espécie em extinção na natureza – as maritacas. Teimam em discutir a relação no meio da final da Taça Libertadores. Tudo vira novela mexicana e gera conversas intermináveis. Os generais da banda quanto ouvem falar em papo-cabeça saem correndo três dias sem olhas para trás. Os que não fumam saem para comprar cigarro. Às vezes, demoram três meses para voltar. Outros decidem por um trabalho voluntário em Angola. Vão a nado.
Como toda regra tem uma exceção, conheço uma. Esta é imbatível. O sonho de consumo de qualquer homem em qualquer idade. Loira, olhos verdes, 1.75 cm de altura, corpo escultural, com ótimo senso de humor e inteligente. Está bom, certo? Que nada, ela vem com o pacote completo, com o Plus Turbo. Para alegria geral da nação masculina esta deusa entende absolutamente tudo sobre futebol e automobilismo.
Assiste a todos os jogos de todos os campeonatos, desconfio que os de Várzea também. Sabe a escalação de todos os times das Copas desde 1930. Discute, com conhecimento de causa e de igual para igual com qualquer torcedor fanático de todos os times – os manos e as minas, os porcos, os pó de arroz.
Vai a todas as competições de Kart à Fórmula Um. Conhece todos os pilotos. É amiga de todos os jornalistas esportivos. Tenho uma estratégia que não dá zebra. Se preciso dar uma turbinada na minha autoestima, eu a convido para ir a um boteco. É meu marketing pessoal. Ela fica com o filet mignon. Eu com a sobra. Tá pra lá de bom. Ela existe. Juro por Deus, mas agora tem dono.

Marot Gandolfi







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