terça-feira, 15 de janeiro de 2013

E “SE”?


Nada pode ser feito em relação ao passado e ao futuro. Confesso que nunca pensei nesta lenga-lenga. E não é que é verdade?
O que passou, passou. P A S S O U, foi, já era. “Inês é morta”, como dizia minha mãe. Se fui traída, fui e pronto. Se fui beijada – que delícia – fui e pronto. Se embarquei numa roubada, pena para mim. Fui para Salvador e não para Curitiba, e daí?
Drama mesmo é enfrentar o maledeto “Se”. E se eu tivesse feito assim e não assado? Se tivesse comprado um calça de veludo em vez de ter casado? Se decidisse ter estudado direito e não jornalismo?
O “Se” é pura perda de tempo. Atarefar os poucos neurônios com aquilo que não vale a pena.
E o futuro? Sou a Miss Planejamento. Tola, achei que controlava carreira, casamento, filhos. Ledo engano. “A vida é aquilo que acontece enquanto a gente planeja”, como dizia Lennon.
Então por que seres humanos relativamente evoluídos ainda sofrem pelo que passou e pelo que está por vir? Teimosia ou burrice?  Que nada, medo, o mais genuíno pavor de sofrer e de lidar com o desconhecido.
“Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia, tudo muda, tudo sempre mudará”, Lulu Santos. Vou fazer desta canção meu hino.

Um comentário:

  1. E se a boca não tivesse secado,
    O coração disparado,
    A música demorado mais um minuto,
    O medo não tivesse me dominado,
    E eu dado aquele beijo?

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