terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

ZUMBIS CIBERNÉTICOS ASSASSINOS

Trabalhei anos a fio com filmes. Perdi a conta de quantas sinopses já redigi. Descobri que o meu nível de cinismo chega a níveis estratosféricos.

Munida de um poder que nem imaginava deter ransformava os piores filmes do planeta em megablockbuster. Está mais para sem-vergonhice do que para poder propriamente dito. Produções inassistíveis. 90 minutos de tortura explícita.
Para ser publicitário ou vendedor há um princípio básico, tirar leite de pedra.Ordenhávamos milhares de litros de lactose em rochedos. E, quer saber, era divertidíssimo. 
Um filme em especial foi inesquecível Os Zumbis Cibernéticos Assassinos. Isso mesmo, além de zumbis, eram cibernéticos e assassinos.
A produção não era mais medíocre por falta de tempo. Foi a hora e meia mais sacrificante da minha vida. Tenho a forte impressão de que somente a minha pessoa assistiu a esta obra. Obrigada, caso contrário a sinopse não saia.Devia ter cobrado cinco vezes mais para tentar manter o minha sanidade. Ninguém merece pagar uma promessa dessas.
Nem a minha cara de pau besuntada por óleo de peroba foi capaz de enganar o público. O roteiro inexistente, as locações sofríveis, sem enredo, sem elenco. Um show de horrores. O ator principal, que criou a raça magnânima dos zumbis cibernéticos assassinos, ficou do começo ao fim com o mesmo avental de cientista encharcado com catchup e fazendo caras e bocas para a câmera. 
Incrível mesmo é que foram vendidas 500 cópias desta pérola cinematográfica. Mais uma demonstração do poder do marketing e de vendas.
Para vender isso tem que ser bom. Muito bom. Um gênio.

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