Nesta semana
li dezenas de textos com declarações de amor e gratidão de filhos para suas
mães. A maioria não me fez chorar, mas soluçar.
Lendo tantas
cartas, parei para pensar por que os filhos agradecem às mães, quando eles é
que nos deram a oportunidade ímpar de melhorar o mundo.
Não nasci
para ser mãe, quero dizer, não tinha este sonho desde menina, mas ser mãe é que
me fez ser o que eu sou.
Acompanhar o
desabrochar daquele ser não tem como traduzir em palavras. Ele não é meu, não
tenho direito de posse (nem quero ter), mas quem fizer ele sofrer...reze para
não me encontrar. Não tem jeito, assumo definitivamente meu lado leoa.
Ver aquela
criatura se tornar independente, com opiniões próprias, visões diferentes da
sua e baseada em argumentos legítimos é realmente indescritível, a sensação de
assistir a um filme e torcer pelo mocinho. É impossível não vibrar nos
bastidores a cada etapa cumprida.
Aprendo todo
santo dia com eles. Uma troca valiosa.
Confesso que
sinto um pouco de nostalgia, vontade de voltar à infância dos meus pequenos
para aproveitar mais, usufruir de cada segundo que perdi.
A maternidade
não transforma nenhuma mulher em uma santidade. Ao contrário, em busca de
sempre ser e dar o melhor exemplo descobri como sou imperfeita (e como!),
aquele lugar no pedestal não me pertence, não pertence a ninguém, simplesmente
porque não existe este santuário. É mito, caminho para o sofrimento tanto para
a mãe que nunca consegue ser absolutamente perfeita, quando para o filho que
tem a ilusão da perfeição e, invariavelmente, se frustra, e muito.
Então, nesse
Dia das Mães, quero agradecer aos meus filhos, Felipe e Beatriz, que me fizeram
ser uma pessoa melhor e buscar isso todo santo dia. Adorei o contrato que
firmamos.
Amo vocês,
meninos do meu core
Mã/Mami
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